Se você quer entender onde investir 3 milhões de reais, já tem mais que o suficiente para compor um portfólio equilibrado e com alto potencial de retorno em longo prazo.
Mas não adianta fechar os olhos e se atirar no primeiro título ou fundo que aparecer.
Nessa faixa de valor, você já vai começar sua jornada no mercado financeiro sendo um investidor qualificado — aquele que possui acima de R$ 1 milhão investido.
Isso significa que você terá acesso a produtos financeiros exclusivos e com retornos acima da média.
Antes de sair aplicando seu dinheiro, você precisa passar por várias etapas de planejamento, conhecer seu perfil e aprender a analisar o risco, rentabilidade e liquidez de cada ativo disponível.
Assim, você terá condições de montar uma carteira de investimentos adequada à sua realidade e que garanta, ao mesmo tempo, a proteção do seu patrimônio e retornos atrativos em longo prazo.
Serei seu guia nessa caminhada e mostrarei quais são as rotas mais estratégicas para investir 3 milhões de reais e alcançar seus objetivos financeiros.
Pronto para começar?
Então, siga a leitura e faça as melhores escolhas para o seu dinheiro.
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Antes de investir 3 milhões de reais: 6 etapas importantes
Para entender onde investir 3 milhões de reais, é preciso dar um passo atrás e preparar o terreno para ingressar no mercado financeiro.
Veja 6 etapas importantes:
1. Verificar situação de patrimônio
O primeiro passo para investir 3 milhões de reais é fazer uma análise aprofundada da sua situação patrimonial e financeira.
Para além do valor acumulado, você precisa levar em conta suas fontes de renda, bens, dívidas e custos.
Afinal, ter R$ 3 milhões para investir não coloca ninguém em uma categoria única de investidor.
Por exemplo, uma pessoa pode obter esse montante a partir de uma herança e, na prática, ter uma renda mais modesta em sua ocupação profissional.
Da mesma forma, um empreendedor pode levantar esse valor ao embarcar em uma tendência do mercado e, depois disso, entrar em uma fase de rendimentos menores com seu negócio.
Há ainda casos em que o padrão de renda é alto e os R$ 3 milhões não estão nem próximos do potencial de ganhos do investidor.
Percebe como a situação financeira varia muito dentro de uma mesma faixa de valor disponível para investimento?
Por isso, você só deve começar a planejar seus investimentos depois de analisar seu patrimônio e renda atuais, considerando projeções de médio e longo prazo.
Esse diagnóstico ajudará a definir os aportes mensais que poderão ser realizados em diferentes produtos financeiros, servirá como base para definir o horizonte das aplicações e, mais tarde, será decisivo para identificar seu perfil de investidor — falarei mais sobre isso adiante.
Ah, lembrei agora: gravei recentemente um vídeo bem didático que pode ajudar!
2. Organizar contas e fluxos financeiros
Você só terá uma visão clara da sua situação financeira depois de organizar suas contas e definir um orçamento pessoal.
Isso significa, resumidamente, ter controle sobre todas as suas receitas e despesas — ou entradas e saídas da sua conta bancária, caso prefira essa referência.
Essa organização é fundamental para investir 3 milhões de reais, pois você só terá condições de calcular os aportes financeiros e montar seu portfólio de investimentos se souber exatamente para onde vai seu dinheiro todos os meses.
A dica é dividir seus gastos entre despesas fixas (aluguel, condomínio, internet, serviços por assinatura, etc.) e despesas variáveis (alimentação, transporte, farmácia, vestuário, lazer, etc.) quando for montar seu orçamento.
Então, basta contabilizar as receitas e as despesas totais mês a mês para entender quais são seus custos e quanto dinheiro poderá ser investido.
Existem alguns métodos que ajudam a organizar o orçamento de acordo as categorias de gastos, como o 50-30-20, que segue a lógica abaixo:
- 50% para gastos essenciais como contas, condomínio, supermercado, plano de saúde, etc.
- 30% para gastos supérfluos como viagens, vestuário, passeios, jantares, decoração, etc.
- 20% para objetivos financeiros como quitação de dívidas e investimentos.
Evidentemente, essas porcentagens podem ser modificadas de acordo com sua renda, padrão de vida e objetivos.
3. Quitar dívidas caras
Nem toda dívida é ruim, mas você precisa fazer um levantamento geral dessas obrigações antes de começar a investir seus 3 milhões de reais.
Isso porque, dependendo dos juros que você está pagando a cada parcela, compensa mais quitar o débito do que continuar pagando caro em longo prazo.
Geralmente, alguns financiamentos oferecem taxas de juros vantajosas e podem ser mantidos como parte do orçamento mensal.
No entanto, é preciso levar em conta também o custo de oportunidade, que é o ganho em potencial ao qual você renuncia quando toma uma decisão financeira.
Por exemplo, em um cenário de Taxa Selic (a taxa de juros básica da economia) chegando a dois dígitos, você tem muitas oportunidades de obter retorno com a renda fixa — e estará pagando caro em empréstimos e financiamentos, considerando que a alta dos juros que regula o mercado financeiro é a mesma que afeta o mercado de crédito.
Logo, é importante buscar o equilíbrio financeiro e, se necessário, quitar dívidas que comprometem sua capacidade de investir antes de começar a montar sua carteira.
4. Fazer planejamento financeiro
Com uma visão clara das suas finanças e o orçamento sob controle, você já pode fazer seu planejamento financeiro para investir 3 milhões de reais.
Esse plano deve incluir:
- Análise de custos mensais e definição de porcentagem a ser investida na forma de aportes
- Expectativa de ganhos com as aplicações
- Objetivos de curto, médio e longo prazo com os investimentos (Ex: alcançar independência financeira em x anos, adquirir imóveis, adquirir empresas, construir patrimônio)
- Estratégias para formação da carteira de investimentos (Ex: abertura de conta em corretoras, assinatura de casas de análise, contratação de consultoria de investimentos).
5. Identificar seu perfil de investidor
O perfil de investidor, também chamado de perfil de risco, é um conjunto de características que determina quais são os investimentos mais adequados para a sua realidade.
Nos testes de suitability aplicados por corretoras, o investidor é classificado como conservador, moderado ou arrojado, dependendo de critérios como tolerância ao risco, expectativa de retorno e situação financeira.
A identificação desse perfil garante que você escolha investimentos adequados para a sua carteira e evite correr riscos maiores do que gostaria.
Logo, é um passo essencial antes de investir 3 milhões de reais ou qualquer outra quantia.
Conheça cada um dos perfis:
- Conservador: é avesso ao risco e procura preservar o capital, optando por ativos mais seguros como títulos de renda fixa. Sua estratégia é ter ganhos mais modestos em longo prazo para construir patrimônio e se proteger de oscilações econômicas
- Moderado: busca a melhor relação entre risco e retorno, combinando uma maior parte de ativos de baixo risco (renda fixa) com uma parcela menor de ativos mais arrojados (renda variável)
- Arrojado: tem o maior apetite de risco e busca de ganhos acima da média, abrindo mão da liquidez, mas também se preocupa em preservar uma parte do capital na renda fixa.
Se você tem dúvidas sobre o seu perfil de investidor, vale a pena fazer um teste de suitability com uma corretora ou com seu assessor de investimentos.
6. Conhecer o tripé de investimentos
Na hora de analisar qualquer aplicação, você precisa considerar os três fatores que formam o tripé dos investimentos:
- Rentabilidade: retorno obtido com o investimento, ou seja, seu lucro ao final da aplicação
- Liquidez: é a facilidade com que um ativo pode ser transformado em dinheiro, quando necessário, sem gerar perdas (ou seja: o quão rápido você consegue resgatar um valor investido sem ter prejuízo)
- Risco: é a probabilidade de que retorno do investimento seja menor do que o esperado ou até mesmo negativo.
A partir desses três critérios, podemos chegar a algumas conclusões sobre os investimentos:
- Quanto maior a rentabilidade esperada, maior é o risco
- Quanto maior a rentabilidade esperada, menor é a liquidez.
Ou seja: para ganhar acima da média, é preciso correr riscos maiores e abrir mão da liquidez.
O segredo para ter um portfólio adequado aos seus objetivos é equilibrar esses três fatores de acordo com o seu perfil, como veremos ao longo do ebook.
Como investir 3 milhões de reais (VÍDEO)
Preparei também um vídeo que traz dicas valiosas como as deste conteúdo, abordando como e onde investir 3 milhões de reais.
É só dar o play!
Onde investir 3 milhões de reais: passo a passo
Agora que você está preparado para começar a investir seus 3 milhões de reais, podemos partir para as estratégias de composição da carteira.
Acompanhe o passo a passo:
1. Comece pela reserva de emergência
O primeiro passo para investir 3 milhões de reais (ou qualquer outra quantia) é formar sua reserva de emergência, também chamada de reserva de liquidez.
Essa é a primeira camada da sua carteira de investimentos, que deve ter baixíssimo risco e volatilidade, assim como alta liquidez.
Ou seja: é um dinheiro que deve estar disponível a qualquer momento para imprevistos.
Via de regra, é indicado que sua reserva de liquidez seja suficiente para cobrir entre 6 e 12 meses dos seus custos fixos, dependendo da sua estabilidade financeira.
Separei alguns investimentos que são indicados para essa camada:
- CDB de liquidez diária com rentabilidade acima de 100% do CDI;
- Fundo Tesouro Selic com taxa zero de administração;
- LFTs (Letras Financeiras do Tesouro);
- Tesouro Selic.
2. Mire no longo prazo
Depois de estabelecer seu colchão de emergência, você está preparado para voar mais alto ao buscar opções de onde investir 3 milhões de reais.
E para isso, independentemente do seu perfil de investidor, situação financeira e objetivos, é fundamental encarar a carteira de investimentos como uma estratégia de longo prazo.
Em um horizonte mais longo, você poderá alocar seus 3 milhões de reais em diferentes ativos, vencimentos, rentabilidades e indicadores.
Mesmo que as aplicações incluam objetivos de curto prazo, é importante pensar que o tempo joga ao seu favor nos investimentos e que há grandes oportunidades de multiplicação de patrimônio no longo prazo.
Lembrando que, a partir de R$ 1 milhão investido, você já é considerado um investidor qualificado, ganhando acesso a diversos produtos exclusivos e com grande potencial de retorno no mercado.
> Leia também: Como investir milhões e ver seu dinheiro crescer.
3. Explore a renda fixa
Em um cenário de juros bastante atrativo no Brasil, não adianta procurar opções de onde investir 3 milhões de reais sem analisar com calma e atenção a renda fixa.
A renda fixa é a categoria de investimentos que tem sua rentabilidade conhecida no momento da aplicação.
Essas aplicações são mais previsíveis e, de modo geral, apresentam risco e volatilidade inferiores aos da renda variável.
Além disso, a renda fixa representa a camada mais conservadora do portfólio, sendo necessária para proteger seu patrimônio — ainda que você tenha um perfil arrojado.
Em tempos de alta da Taxa Selic, a renda fixa se torna especialmente atrativa, uma vez que os juros altos significam maior rentabilidade para aplicações indexadas à Selic e ao CDI.
O problema é que, no Brasil, muita gente ainda associa essa categoria à caderneta de poupança, que é de longe o pior negócio para quem quer investir.
Segundo a pesquisa Raio X do Investidor da Anbima, 29% dos brasileiros ainda investem somente na poupança.
Esse número já foi muito maior, mas ainda é preocupante que tantas pessoas apliquem seu dinheiro em um produto com baixa rentabilidade, que vem perdendo para a inflação em vários anos.
Então, você pode tomar como primeira regra evitar a poupança e buscar investimentos de renda fixa que entreguem retornos mais atrativos.
Vou mostrar alguns exemplos abaixo:
Títulos de renda fixa
Os títulos de renda fixa se dividem em dois tipos:
- Títulos públicos: são emitidos pelo governo federal para financiar a dívida pública e oferecem remunerações prefixadas (Tesouro Prefixado) e pós-fixadas (Tesouro Selic, Tesouro IPCA);
- Títulos privados: funcionam da mesma forma que os títulos públicos, mas são emitidos por instituições financeiras e empresas privadas. Os mais conhecidos são os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), as LCIs/LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio) e as debêntures (títulos corporativos).
Na hora de definir onde investir nesses produtos, é importante analisar os três critérios de investimento (risco, rentabilidade e liquidez) e diversificar os títulos na sua carteira, além de ficar atento aos prazos.
Em um momento de subida de juros, por exemplo, os títulos pós-fixados se tornam mais interessantes.
Para quem vai investir 3 milhões de reais, vale se atentar ao limite de cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC): R$ 250 mil por CPF por conglomerado financeiro e R$ 1 milhão a cada quatro anos.
Fundos de renda fixa
Os fundos de renda fixa são boas oportunidades para diversificar ativos dessa categoria contando com uma gestão profissional.
Hoje, você encontra diversas opções desses produtos financeiros, por exemplo:
- Fundos de renda fixa simples: buscam retorno por meio de investimentos em títulos de renda fixa e derivativos, com exposição às taxas de juros e índices de preços
- Fundos de renda fixa indexados: são fundos pós-fixados que seguem a variação de indicadores como CDI, Selic e IPCA
- Fundos de renda fixa soberanos: investem 100% em títulos públicos federais
- Fundos de renda fixa de crédito livre: alocam mais de 20% da carteira em títulos de crédito de médio e alto risco
- Fundos de renda fixa de investimento no exterior: investem mais de 40% do patrimônio em ativos financeiros do exterior.
Percebe como é possível diversificar ativos somente com cotas de fundos de renda fixa?
Ao escolher esses fundos, apenas tome cuidado com o temido “come-cotas”, uma cobrança semestral de IR sobre os rendimentos que reduz o valor das suas cotas.
4. Encare a renda variável
No mundo dos investimentos, é impossível aumentar o potencial de retorno sem elevar também os riscos.
Por isso, toda carteira equilibrada precisa ter uma porcentagem aplicada na renda variável, que abrange os ativos com maior volatilidade do mercado financeiro.
O que muda de acordo com o perfil de investidor e objetivos é a proporção investida nessa categoria, que será maior para investidores mais arrojados e menor para os mais conservadores.
No entanto, independentemente do seu perfil, você não pode deixar de lado as oportunidades da renda variável.
Conheça a seguir alguns de seus melhores ativos.
Ações e fundos de ações
As ações negociadas na bolsa de valores são essenciais para compor uma carteira diversificada com potencial de ganhos acima da média.
Mas, para investir nesses papéis, você precisa saber lidar com suas oscilações contínuas para cima e para baixo, além de aplicar estratégias que mitigam riscos.
A tática mais conhecida para se proteger da montanha-russa da bolsa é investir em ações de empresas sólidas que crescem continuamente, pensando sempre em longo prazo — a chamada buy and hold, que foi criada por ninguém menos que Warren Buffet.
Uma boa opção para começar é aplicando em cotas de fundos de ações, que permitem diversificar os papéis com o apoio de uma gestão profissional.
Hoje, você encontra opções como fundos long only e long biased, fundos especializados em small caps, fundos focados em dividendos, entre outros.
Fundos multimercado
Os fundos multimercado alocam parte do capital em renda fixa e outra parte em renda variável para diversificar a carteira e reduzir riscos.
Ou seja: eles podem diversificar as estratégias de alocação do patrimônio e explorar vários fatores de risco.
Conheça alguns tipos de fundos multimercado que podem compor sua carteira:
- Fundos multimercado macro: realizam investimentos em diversas classes de ativos (renda fixa, renda variável, câmbio, etc.) com estratégias baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazo
- Fundos multimercado trading: exploram oportunidades de ganhos a partir de oscilações de curto prazo no preço dos ativos
- Fundos multimercado long and short: buscar retornos a partir da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável
- Fundos multimercado de estratégia específica: adotam estratégias que implicam em riscos específicos, como commodities e futuros de índice.
Fundos descorrelacionados
Ainda na categoria multimercado, é interessante acrescentar os chamados fundos descorrelacionados ao seu portfólio.
Basicamente, eles têm baixa correlação com o restante dos fundos e ativos que você possui na carteira.
Dessa forma, você terá ativos que não seguem o mesmo padrão, evitando que o portólio caia ou suba ao mesmo tempo e pelos mesmos motivos.
Algumas opções de fundos descorrelacionados são os do tipo long and short, sistemáticos, de commodities e de criptomoedas.
5. Faça seu planejamento sucessório
Se você quer opções de onde investir 3 milhões de reais, precisa incluir seu planejamento sucessório no portfólio.
Uma excelente opção para garantir uma aposentadoria tranquila e transmitir seu patrimônio sem burocracia é a previdência privada.
Esse tipo de fundo de investimento tem diversas vantagens, como a possibilidade de abatimento das contribuições do IR pela modalidade PGBL, opção de tributação regressiva que reduz o IR em função do tempo de aplicação e ausência de come-cotas.
Além disso, em caso de falecimento do titular, os fundos previdenciários não entram no processo de inventário e os beneficiários podem receber o dinheiro acumulado em forma de renda ou por meio de um resgate único.
Outra forma de transmitir o patrimônio é a doação de bens a descendentes com reserva de usufruto, que deve ser feita em vida.
A desvantagem dessa opção é que é cobrado o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), que não incide sobre a previdência privada.
Por fim, vale a pena incluir o seguro de vida no planejamento sucessório, uma vez que sua indenização é livre de impostos e também não passa por inventário.
6. Invista no exterior
Com o cenário de instabilidade política e econômica no Brasil, uma forma eficiente de proteger seu patrimônio é buscar exposição internacional.
Confira algumas opções para investir no exterior:
- Fundos cambiais: fundos que aplicam pelo menos 80% da carteira em ativos relacionados a uma moeda estrangeira, como dólar ou euro
- ETFs: são os Exchange Traded Funds, ou fundos de índice, que “espelham” a performance de índices de referência do mercado global (Ex: fundos que replicam o S&P 500)
- BDRs: são os Brazilian Depositary Receipts, recibos que representam ações de empresas listadas em bolsas do exterior
- Fundos de investimento no exterior: são fundos estrangeiros (de ações, crédito privado, macro, etc.) disponíveis para investidores qualificados.
A ideia aqui é se expor a moedas e geografias diferentes para ficar menos refém do real e da política brasileira.
7. Garanta rendimentos periódicos
Se você também busca renda mensal ao investir 3 milhões de reais, vale a pena reservar uma parte da carteira para investimentos que geram dividendo e rendimentos periódicos.
Na renda fixa, você pode investir em CRIs, CRAs (Certificados de Recebíveis) e debêntures, que oferecem remuneração periódica.
Na renda variável, os fundos de investimento imobiliários (FIIs) permitem ganhar com aluguéis sem a necessidade de comprar imóveis.
A grande vantagem desses ativos é que eles geram rendimentos mensais e periódicos com isenção de Imposto de Renda (IR).
Outra opção é escolher ações de empresas que são boas pagadoras de dividendos na bolsa de valores ou comprar cotas de fundos de dividendos.
Em busca da eficiência ao investir 3 milhões de reais
Se você quer uma carteira de investimentos eficiente para investir seu dinheiro com sabedoria, precisa conhecer alguns conceitos e estratégias do mercado financeiro.
Acompanhe:
O que é volatilidade?
Volatilidade é uma medida estatística que representa a frequência e a intensidade das oscilações de preço que os ativos sofrem no mercado financeiro.
Ela é usada como referência para mensurar a variação do preço no futuro e guiar o investidor em relação aos riscos e ao potencial de retorno.
Obviamente, quanto mais volátil for o ativo, mais intensa e frequente será sua oscilação de preço no mercado.
Logo, você deve usar esse conceito para estimar as possibilidades de perdas e ganhos de sua aplicação.
Em uma estratégia de longo prazo na bolsa, por exemplo, a tendência é que o crescimento contínuo das ações compense as quedas de curto e médio prazo.
Por isso, investidores que miram no longo prazo precisam ter controle emocional para lidar com a volatilidade dos papéis, evitando a cilada de vender na baixa e sair no prejuízo devido ao pânico gerado pelas crises.
Por outro lado, investidores que focam na especulação e curto prazo se beneficiam da volatilidade em suas estratégias de alto risco — um caminho pouco recomendado.
O que é eficiência?
Eficiência no contexto dos investimentos significa maximizar resultados com o mínimo de recursos.
Ou seja: obter o máximo de retorno possível com sua carteira correndo o mínimo de risco, de acordo com seus objetivos.
Portfólio Eficiente de Markowitz
O economista Harry Max Markowitz criou a Teoria Moderna do Portfólio para explicar como investidores podem usar o princípio da diversificação para otimizar suas carteiras de investimentos.
De acordo com a tese, estas são as regras para montar um portfólio eficiente:
- Construir uma “fronteira eficiente”, que significa delimitar uma quantia para cada um dos ativos de acordo com o risco e expectativa de retorno, observando os riscos de forma coletiva (e não individual)
- Selecionar investimentos com base na relação risco-retorno
- Utilizar a volatilidade como parâmetro histórico para mensurar o risco e a rentabilidade como expectativa para o futuro
- Investir na diversificação para reduzir o risco, uma vez que os retornos oferecidos por diferentes ativos não se movem em conjunto.
Modelo Fama French
Trata-se do modelo de três fatores de uma teoria financeira criada pelos economistas Eugene Fama e Kenneth French.
Seu objetivo é embasar a precificação de ativos e a gestão da carteira de investimentos em renda variável.
Para isso, são usados três fatores para determinar o retorno obtido com ações:
- Retorno do mercado: a diferença entre o retorno médio da carteira e a taxa de juros livre de risco (prêmio de mercado)
- Small minus Big (SMB): representa o excedente histórico de retorno das ações small caps em comparação com as large caps
- High minus Low (HML): se refere às ações com alto B/P (relação book-to-market, que compara o valor da empresa nos livros contábeis com o preço atual de sua ação). Da mesma forma que o SMB, representa o excedente histórico de retorno das ações de alto B/P em relação às de baixo B/P.
A partir desse modelo multi-fatores, é possível explicar cerca de 90% do retorno das ações, enquanto a individualização explica até 70%.
Para aplicar o modelo Fama French, é preciso utilizar a seguinte fórmula:
R(e)=Rf+?(ERP)+?(SMB)+ ?(HML)
Na qual:
- R(e) é o Retorno Esperado
- Rf é a taxa livre de risco
- ? é a medida de covariância, a variação da ação em relação ao fator de risco
- ERP é o retorno em relação a uma taxa livre de risco
- SMB é o fator small minus big
- HML é o fator high minus low.
De modo geral, essa teoria aponta para retornos mais vantajosos de empresas menores que focam em valor, ajudando investidores a selecionarem suas carteiras de ações.
Peraí, esse papo todo anda muito complexo, não? Sim, mas investir não é tão simples mesmo.
Por isso, é muito importante essa etapa atual de ler com atenção, buscar fontes de referência e pesquisar bastante antes de decidir onde investir 3 milhões de reais.
Consultoria de investimentos
A consultoria de investimentos é o caminho mais seguro para formar uma carteira de investimentos eficiente.
Isso porque, ao contratar um consultor, você conta com um profissional experiente no mercado financeiro, que o ajudará a tomar melhores decisões, de acordo com seu perfil e objetivos.
Ele possui um olhar treinado para analisar a volatilidade dos ativos e a relação risco-retorno, além de respeitar suas determinações de liquidez.
Consultoria de investimentos para aproximar você de seus objetivos. Comece agora!
O próximo passo para investir
Ler este guia já foi uma iniciativa importante para investir seus 3 milhões de reais de forma inteligente e consciente.
Agora, convido você a dar o próximo passo e buscar uma análise personalizada do seu perfil, objetivos e realidade financeira.
Afinal, nada substitui uma orientação profissional no mundo dos investimentos, onde é muito fácil se perder entre tantos ativos, rentabilidades, prazos e dinâmicas de aplicação.
Se você quer montar uma carteira diversificada e balanceada, pode contar com meus serviços de consultoria de investimentos.
Estou aqui para compreender seu perfil, analisar seus objetivos, traduzir conceitos complicados de economia e encontrar os melhores caminhos para sua carteira.
Tudo para que você corra menos riscos, proteja seu patrimônio e ainda tenha ótimas perspectivas de retorno.
E então, está mais seguro para investir seus 3 milhões de reais?
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Referências
Cartilha da nova classificação de Fundos (Anbima, 2016)
Material de Estudos CPA-10 (Anbima)
Invest for Good: a healthier world and a healthier you (Bloomsbury Publishing, 2019).
Diversifying Well Is the Most Important Thing You Need to Do in Order to Invest Well. (Ray Dalio, 2019).
Desbravando a gestão de portfólios (BEI, 2014).
O mais importante para o investidor (Edipro, 2020).
Seleção de carteiras utilizando o modelo Fama-French-Carhart (Revista Brasil Economia, 2013).Aplicabilidade da Teoria de Markowitz para Investimentos em Ativos do Real Estate: Estudo de Caso de uma Carteira Mista (Gustavo Alberto Almonacid, 2010)
Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.
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