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Moro no exterior e quero investir no Brasil: e agora? Saiba o que fazer

Se você mora no exterior e quer investir no Brasil, tenho duas notícias: 

  1. Isso é possível
  2. Você precisa de uma conta especial para isso.

Como assim, uma conta especial?

É o que vamos descobrir em seguida.

Nas próximas linhas, vamos entender o que você deve fazer se mora no exterior e quer investir no Brasil do jeito certo, dentro das regras e respeitando a legislação.

Notícia fresquinha: o BTG zerou o custo da conta CDE em 2024.

Interessado? Siga a leitura.

Consultoria de investimentos

Mora no exterior e quer investir no Brasil?

Recebo com certa frequência o seguinte questionamento de estrangeiros ou brasileiros que saíram definitivamente do país: “Moro no exterior e quero investir no Brasil: o que faço?” 

A pergunta faz sentido, afinal, mesmo não estando entre os mercados financeiros mais relevantes do mundo, o Brasil é um país emergente com muitas oportunidades, tanto em renda fixa quanto variável.

Portanto, se você mora no exterior e quer investir no Brasil, confira quais caminhos seguir para acessar livremente todos os ativos disponíveis.

> Leia também: Investidor não residente: como investir no Brasil?

Contas para quem mora no exterior e quer investir no Brasil

Se moro no exterior e quero investir no Brasil diretamente, um dos primeiros passos é abrir uma conta em uma instituição apta a operar nos mercados financeiro e de capitais.

Há duas opções de conta disponíveis para o investidor não residente, mas para abrir qualquer uma delas é preciso passar por alguns trâmites burocráticos, como:

  1. Escolha de uma instituição autorizada pelo Banco Central para ser representante do investidor no Brasil
  2. Definição de um custodiante, que pode ser a mesma instituição representante
  3. Registro na CVM.

As contas disponíveis são: 

Conta 4373

Principal porta de entrada de investidores não residentes, a conta 4373 é um tipo de conta-investimento que pode ser usada tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, inclusive brasileiros que saíram definitivamente do país.

O número 4373 vem da  Resolução nº 4.373 do Banco Central do Brasil, que trata dos investimentos estrangeiros no país. 

Por meio da conta 4373, o investidor não residente tem acesso a todos os ativos financeiros do mercado nacional, seja de renda fixa ou variável. 

Mas apesar de abrir as portas para o capital estrangeiro, a conta 4373 tem custos relativamente altos de abertura e manutenção.

A explicação está na série de regras e normas burocráticas instituídas pelas autoridades monetárias e que devem ser seguidas pelas instituições que oferecem o serviço. 

Por outro lado, a conta 4373 oferece algumas vantagens tributárias que não são concedidas aos investidores brasileiros, como isenção de Imposto de Renda em alguns tipos de investimento.

Conta CDE

Se você mora no exterior e quer investir no Brasil, pode optar também por uma conta CDE (Conta de Domiciliado no Exterior). 

Diferentemente da conta 4373, que dá acesso a todos os ativos financeiros do Brasil, a conta CDE tem algumas restrições em relação aos investimentos. 

Seu objetivo é ser uma conta corrente, por meio da qual o estrangeiro ou brasileiro que mudou-se definitivamente do país consegue movimentar recursos no Brasil em moeda nacional. 

É possível fazer diversas transações, como compras no cartão, financiamento, transferências e empréstimos (movimentações vetadas na conta 4373).

Em geral, os custos de uma conta CDE também são menores do que de uma conta 4373, mas os investimentos são limitados

As opções variam conforme a instituição, mas geralmente se restringem a produtos básicos, como previdência privada e CDBs emitidos pelo próprio banco no qual a conta foi aberta.

A parte boa é que atualmente você tem acesso aos melhores gestores do país por meio da previdência privada.

Não esqueça que ela é hoje uma das maiores aliadas do investidor brasileiro, porque não paga come-cotas, tem isenção de imposto na transmissão de patrimônio para a maioria dos estados, não cai em inventário e conta com a alíquota mais baixa entre os investimentos tributáveis no longo prazo.

Consultoria de investimentos

Investimentos para quem mora no exterior e quer investir no Brasil

Os investidores que moram no exterior e querem investir no Brasil têm diversos tipos de ativos à disposição que podem acessados, sobretudo, por meio de uma conta 4373

Títulos públicos

Considerados ativos livres de risco (de crédito), os títulos públicos estão ao alcance do investidor estrangeiro e com uma vantagem fiscal importante sobre os brasileiros. 

Através da conta 4373, não há incidência de impostos sobre os rendimentos para quem mora no exterior.

No caso dos investidores locais, a tributação sobre os ganhos do Tesouro Direto varia de 22,5% a 15%, conforme a tabela progressiva.

Títulos bancários

O investidor não residente pode investir também em diversos títulos bancários emitidos no Brasil, como CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio). 

Esses ativos de renda fixa, que podem ser prefixados ou indexados a algum índice, contam, inclusive, com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Títulos corporativos

Os títulos corporativos não-bancários, conhecidos como crédito privado, são papéis emitidos por empresas que precisam de recursos para financiar suas atividades.

São exemplos: debêntures simples, debêntures incentivadas, CRI e CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliário e do Agronegócio). 

Como carregam o risco de crédito da empresa emissora e não têm cobertura do FGC, esses ativos de renda fixa geralmente oferecem um rendimento maior (prêmio de risco) sobre os títulos públicos.

Fundos de investimento

Se você mora no exterior e quer investir no Brasil, mas não se sente confortável em escolher ativo por ativo, uma boa opção são os fundos de investimento

Há diversos tipos, como fundo de ações, multimercado, cambial e de renda fixa, constituído sob as mais diferentes estratégias. 

Além dos fundos abertos, o investidor não residente pode comprar também ETFs, um tipo de fundo passivo que replica determinado índice de mercado.

No vídeo abaixo, você confere um super conteúdo com dicas para montar uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos e perfil.

Fundos imobiliários

Os Fundos Imobiliários (FIIs), inspirados nos REITs americanos, são boas opções para quem gosta de uma carteira geradora de renda. 

Eles se dividem basicamente em duas categorias: 

  1. Fundos de tijolo: investem em imóveis físicos, como prédios, galpões logísticos, shoppings ou lojas de varejo
  2. Fundos de papel: investem em ativos atrelados ao mercado imobiliário, como CRIs, LCIs ou cotas de outros FIIs.

Negociados na bolsa de valores, os fundos imobiliários são conhecidos por pagarem proventos periodicamente isentos de Imposto de Renda para pessoa física.

Ações

Por meio de uma conta 4373, o investidor que mora no exterior e quer investir no Brasil também tem acesso a todas as ações negociadas na B3

Embora o mercado acionário brasileiro não esteja entre os mais representativos do mundo, há ótimas opções para investidores dos mais diferentes perfis. 

Em relação à tributação, há mais uma vantagem sobre os investidores locais: não há cobrança de IR sobre os ganhos de capital.

Consultoria de investimentos para aproximar você de seus objetivos. Comece agora!

Investir no Brasil por corretora no exterior

Se você mora no exterior, quer investir no Brasil, mas não tem interesse em abrir uma conta 4373 ou CDE, há outras maneiras de acessar os ativos brasileiros através de uma corretora estrangeira.

Os principais instrumentos para isso são:

  1. Depositary Receipts (DRs): certificados negociados em bolsas estrangeiras que representam ações de empresas brasileiras, como os ADRs (American Depositary Receipts) negociados nas bolsas americanas
  2. ETF: Exchange Traded Fund ou fundos de índices negociados nos mercados internacionais, como o EWZ nos Estados Unidos, conhecido como “Ibovespa dolarizado”.
  3. Fundos de investimento: o investidor não residente também pode se expor ao mercado brasileiro por meio de fundos disponíveis em corretoras no exterior que investem em ativos locais.

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Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.

Gustavo Heldt

Gustavo Heldt

Consultor associado da TRAAD Wiser Investor. Especialista em Investimentos e Finanças.

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