Alguns dos melhores fundos de investimento no exterior já estão à disposição para investimento sem sair do Brasil.
Então, para quem não quer abrir conta lá fora e se preocupar com a contabilidade no exterior, vale a pena conhecer as alternativas às quais o investidor qualificado tem acesso por aqui.
Você vai se surpreender: gestores como Howard Marks, Ray Dalio, Bill Ackman, Mark Mobius e Terry Smith estão na lista.
Ficou interessado? Então siga a leitura para desbravar os melhores fundos de investimento no exterior — sem sair do Brasil.
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Melhores fundos de investimento no exterior já estão disponíveis no Brasil
Você pode investir, aqui mesmo do Brasil, em alguns dos melhores fundos de investimento no exterior e elevar o nível de diversificação do seu portfólio.
Estou falando de produtos constituídos por gestoras globais renomadas, como Pimco, Fundsmith, Mobius, Pictet, dentre outras.
Mas será que vale a pena?
A resposta é sim.
Principalmente considerando os níveis de incertezas no Brasil, tanto no contexto econômico quanto político.
Mesmo que você tenha uma carteira bem diversificada em renda fixa e variável, um pouco de exposição internacional anula parte do risco Brasil dos seus investimentos.
A correlação negativa do dólar com a nossa bolsa faz sentido para qualquer um que busca um portfólio mais eficiente.
Com os melhores fundos de investimento no exterior, você pode acessar ótimos ativos estrangeiros, com ou sem proteção cambial, sem precisar enviar dinheiro para fora do país.
> Leia também: Moro no exterior e quero investir no Brasil: e agora?
5 bons fundos de investimento no exterior
Para ajudar você na pesquisa sobre os melhores fundos de investimento no exterior, preparei uma lista com 5 bons fundos que vale a pena conferir.
Lembre-se: não são indicações de investimento, e sim um convite à educação financeira.
Para ter recomendações direcionadas ao seu perfil e objetivos, qualificando-se a tomar as melhores decisões, vale conhecer e contratar o serviço de consultoria de investimentos.
Fundsmith
O Fundsmith GE BTG Pactual ACS FIA IE é um fundo do BTG Pactual que investe em cotas do Fundsmith Global Equity, da gestora britânica Fundsmith, fundada por Terry Smith.
O fundo tem histórico superior a 10 anos e retorno anualizado superior a 18% a.a.
Retornos passados, claro, não são garantia de rentabilidade futura.
Lançado na plataforma do BTG Pactual em 2021, o fundo está disponível nas versões com e sem proteção cambial.
O fundo investido (da gestora Fundsmith) busca para o portfólio empresas sólidas, de alta qualidade e com boas vantagens competitivas.
O gestor Terry Smith segue o princípio buy and hold e é conhecido como o “Warren Buffett Inglês”.
Mobius Emerging Markets
O fundo Mobius Emerging Markets IE FIM é uma boa alternativa para quem está em busca de exposição a mercados estrangeiros emergentes, como Índia, China, Coreia do Sul e Brasil.
Disponível no BTG Pactual, o fundo investe em um outro fundo sediado em Luxemburgo (o Mobius Emerging Markets Fund), do renomado gestor Mark Mobius.
Conhecido como guru dos emergentes, Mark Mobius seleciona empresas de médio porte, com alto potencial de crescimento e que priorizam negócios alinhados aos princípios ESG.
O fundo tem exposição cambial.
AQR
O fundo AQR Long-Biased Equities IE FIC, da gestora americana AQR, chegou à plataforma do BTG Pactual no início de 2020.
Os cotistas podem se expor a um dos maiores fundos quantitativos do mundo por meio do BTGP AQR Long-Biased Equities IE FIC FIC MM.
Com um portfólio altamente diversificado, o fundo utiliza a estratégia Long & Short e possui hedge cambial.
Pictet
É possível investir, sem sair do Brasil, também no fundo Pictet Global Megatrend Selection IE FIC MM, da gestora suíça Pictet.
Trata-se de um fundo temático, que baseia sua tese em setores como energia limpa, biotecnologia, robótica, saúde, dentre outras.
Busca principalmente oportunidades no longo prazo, por meio da antecipação de grandes tendências mundiais.
Por aqui, há a versão com e sem hedge cambial.
Pimco
Para quem busca opções de renda fixa global, o fundo Pimco Income FIC FIM IE, da gestora americana Pimco, é uma opção.
Todo processo de seleção de ativos é definido a partir de um cenário macro e sem correlação com o Brasil.
Constituída em 1971 na Califórnia, a Pimco é uma das principais gestoras de investimentos em renda fixa do mundo.
Por aqui, temos a versão com e sem hedge cambial.
> Leia também: Como investir em ações americanas (Sem conta no exterior).
Precisa de ajuda para decidir onde investir?
No vídeo abaixo, você confere um super conteúdo com dicas para montar uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos e perfil.
Por que investir nos melhores fundos de investimento no exterior?
Com o caos na política brasileira, você já deve imaginar que investir no exterior é uma boa ideia.
Só que eu proponho um exercício diferente neste guia.
Em vez de tirar os seus investimentos do Brasil por, considerando apenas o cenário de polarização política e fragilidade fiscal, que tal se tornar um investidor(a) global para sempre — não para se distanciar de uma ameaça, mas para abraçar um mundo de oportunidades entre os melhores fundos de investimento no exterior?
Veja por que se tornar um investidor global:
Incertezas políticas no Brasil
Faz 500 anos que o Brasil é o país do futuro.
Na última década, esse futuro parece cada vez mais distante.
O Brasil vem enfrentando sucessivas crises políticas que afetam o ambiente de negócios e prejudicam os investimentos.
Desde 2016, já tivemos um impeachment por crime de responsabilidade, um presidente com reprovação recorde e, mais recentemente, um governo que gera grande instabilidade entre os três poderes e forte polarização do debate político.
A promessa era de que as reformas administrativa e tributária avançariam para corrigir os graves problemas estruturais do país, mas essa meta se torna cada vez mais distante e a única perspectiva é a incerteza.
No lugar das mudanças que o Brasil precisa para crescer, temos polêmicas sobre vacinação e urnas eletrônicas, difusão de ideias extremistas e os velhos escândalos de corrupção, além de um enfraquecimento inédito da democracia e uma perda de confiança nas instituições.
Obviamente, esse cenário não é nada favorável aos investimentos, pois trava a agenda reformista, dispara a volatilidade no mercado e agrava ainda mais as crises sanitária, econômica e energética que o país enfrenta simultaneamente.
Isso significa que você deve fugir para nunca mais voltar?
Não. Sem dúvida, o caos gera oportunidades.
Mas o “barato” sempre pode ficar mais barato, e uma visão holística dos seus investimentos permite que você vislumbre novas oportunidades em novos territórios e moedas.
E alguns dos melhores fundos de investimento no exterior permitem que você acesse esses territórios e moeda sob a gestão de grandes nomes do mercado financeiro.
Bagunça fiscal
A bagunça fiscal do país tem vários exemplos ao longo da história recente.
Na prática, isso representa o aumento do risco fiscal do país e instabilidade nas contas públicas.
Com essa perspectiva, os juros disparam, a inflação tem seu controle prejudicado e a confiança do investidor é inversamente proporcional à escalada do dólar.
Inflação
A inflação não é um fenômeno local no pós-pandemia, mas certamente encontra terreno fértil no Brasil.
Com o dólar nas alturas e uma política monetária que flertou bastante com os juros negativos, a inflação chegou aos 2 dígitos em 2021.
Hoje, o cenário é diferente. Em 2023, o IPCA fechou em 4,72%.
Mas cabe lembrar que esse é um indicador bastante volátil, puxado para cima e para baixo com frequência.
Os principais vilões são os preços dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos.
As causas do aumento são inúmeras: alta do dólar e do petróleo, alta das commodities agrícolas, desvalorização do real frente ao dólar, crise hídrica e energética, entre outros fatores.
Para o investidor, é necessário estar sempre de olho na inflação para proteger seu dinheiro e preservar seu poder de compra.
Mas como?
Depois da tempestade, não é hora de sair correndo e resgatando da bolsa para tentar ganhos rápidos em outros mercados.
Tenha sempre cautela, planejamento e olhar de longo prazo — fatores que combinam com a diversificação geográfica e monetária os melhores fundos de investimento no exterior proporcionam.
Moeda
O real foi a terceira moeda que mais se depreciou em relação ao dólar em 2023.
As principais causas desse cenário incluem a situação fiscal fragilizada e as incertezas em relação à dívida pública.
E as consequências são sentidas no bolso, já que a taxa de câmbio impacta diretamente os preços dos bens e serviços — e não só os produtos estrangeiros, já que os insumos importados para fabricação nacional também ficaram mais caros.
Para o investidor, nada mais prudente do que investir no exterior para se proteger dessa tendência de desvalorização e evitar a perda de poder de compra.
Oportunidades
Basta uma comparação rápida entre o Ibovespa, o índice oficial da bolsa brasileira, e o S&P 500, o índice que representa as principais ações negociadas na NYSE e na NASDAQ, para justificar os investimentos no exterior.
O índice americano conta com gigantes como a Apple (AAPL) que, sozinha, tem quase o dobro do valor de mercado de todas as empresas da bolsa brasileira.
Além de Apple, nomes como Microsoft, Meta (Facebook), Tesla e Alphabet (Google) são alguns dos grandes players de tecnologia que estão à disposição por lá.
E esses são apenas alguns dos mais óbvios.
A esteira da inteligência artificial e do machine learning está revolucionando toda a indústria e vai alterar completamente a forma como produzimos, pensamos, comunicamos e criamos.
Quantos dos expoentes dessa área se encontram no Brasil?
Nenhum.
Felizmente, com os melhores fundos de investimento no exterior, você pode investir seu dinheiro em empresas dos EUA, da Europa e da Ásia sem sair do Brasil.
> Leia também: Investidor não residente: como investir no Brasil?
Diversificação
“Diversificação é o único almoço grátis do mercado.”
Essa é uma citação atribuída a Harry Markowitz, prêmio Nobel de Economia por seu trabalho sobre a Teoria Moderna do Portfólio, de 1952.
Em busca de uma carteira eficiente e diversificada, é importante que você invista em ativos descorrelacionados.
Eles reagem de maneira diferente a um mesmo evento ou a uma tendência de mercado, aumentando suas chances de se proteger de crises.
Quando o investidor se posiciona somente na bolsa brasileira e em renda fixa, por exemplo, fica difícil ter uma boa descorrelação, pois esses ativos mais tradicionais tendem a ter uma variação mais próxima em momentos de instabilidade.
Um exemplo rápido: se você conta com ações de empresas varejistas brasileiras e alguns títulos longos do Tesouro Direto, uma notícia negativa para o Brasil (como o furo do teto de gastos) deve impactar negativamente todos os seus investimentos.
Mas, se esse portfólio contar com IVVB11, por exemplo, o ETF (fundo de índice) do S&P, talvez o movimento negativo seja atenuado, já que a bolsa americana não tem nada a ver com os juros e ativos de risco no Brasil.
Além dessa diversificação, há um componente de correlação negativa entre o índice americano e o brasileiro: o dólar.
O dólar carrega uma correlação negativa com a bolsa brasileira (dependendo da época, em maior ou menor grau).
Assim, uma pancada no Brasil joga o dólar para cima e, se você tiver investimentos em dólar, o retorno da sua carteira será melhor.
Além disso, o dólar e o ouro são refúgios para todo o mercado em momentos de pânico — afinal, trata-se da moeda de reserva global e de um ativo tido como reserva de valor.
Por isso, nos momentos de grande estresse, o dólar sobe e, com ele, ativos dolarizados, que ajudam a criar uma carteira mais eficiente.
A busca pela descorrelação
Abaixo, um exemplo que pode servir para ilustrar um pouco melhor o benefício da descorrelação e da diversificação em um portfólio.
Observe com atenção a esta imagem abaixo:
Ela traz o fundo Bogari (linha de cima), um dos mais vencedores fundos de ações do Brasil, e o Ibovespa (linha de baixo).
Percebe como o Bogari, embora apresente retorno superior, oscila bastante em função do índice?
Agora veja o próximo gráfico, obtido no site Mais Retorno:
Acrescentamos um novo fundo, o Dynamo Global, no portfólio.
Viu como, em linhas gerais, os fundos tendem a se movimentar de maneira semelhante?
Essa é a tal da correlação.
Ou seja, eles tendem a oscilar em conjunto, muito em função do índice, já que ambos têm correlação superior a 0.85 com o Ibovespa.
Adicionar muitos fundos de ações value investing e bottom up, portanto, não faz grande diferença na sua performance.
Agora veja a terceira imagem:
Ela está bem mais poluída, tudo bem.
Mas faça um esforço para observar o que acontece em março de 2020, bem na pandemia, quando parecia não haver amanhã.
O índice Ibovespa derreteu e, junto com ele, os principais fundos de ações.
O S&P 500 também caiu, assim como as bolsas em todo o mundo.
Mas observe como se comportam o dólar e o fundo de ouro em dólar naquele período.
Em vez de cair, eles sobem.
Um portfólio que trouxesse um pouco de ativos em dólar teria uma performance muito superior naquele momento.
De maneira pontual, a valorização do dólar naquele período tenebroso poderia ser aproveitada para realocações estratégicas, por exemplo.
E de maneira geral, uma posição estrutural em fundos e ativos descorrelacionados ou com correlação negativa proporciona benefícios de performance e de redução da volatilidade na carteira.
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Como encontrar os melhores fundos de investimento no exterior
Selecionar os melhores fundos de investimento no exterior é uma tarefa que demanda estudo e muita pesquisa.
O primeiro passo você já está dando, que é essa busca por conhecimento.
Você está convidado a acessar outros posts do blog para entender ainda mais desse universo fascinante dos fundos de investimento.
O segundo passo normalmente seria o de assinar o relatório de uma research que analise fundos, como a Nord e a Spiti, das quais sou fã.
Mas muitos dos fundos que citamos aqui são bastante recentes em cenário nacional e ainda vão ser analisados com calma pela galera do research.
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Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.
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Bela seleção!