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6 investimentos atrelados à inflação para diversificar seu portfólio em 2024

Gustavo Heldt

Os investimentos atrelados à inflação são uma alternativa para buscar retornos acima do IPCA e do CDI no longo prazo.

Nas próximas linhas, vou contar um pouquinho como funcionam essas aplicações, quais são as principais opções e como utilizá-las para deixar seu portfólio mais eficiente.

Ficou interessado? Siga a leitura.

Consultoria de investimentos

O que é investimento atrelado à inflação?

Investimento atrelado à inflação é a aplicação de recursos financeiros em ativos cuja rentabilidade é corrigida por um índice que mede a inflação, como o IPCA ou o IGP-M. 

A correção pelo índice, de maneira geral, corresponde a apenas uma parte da remuneração do capital. 

Os investimentos atrelados à inflação costumam oferecer também uma taxa adicional, denominada ganho real, que é o quanto o dinheiro rende acima da inflação.

> Leia também: Fundos de inflação: o que são e como funcionam?

Vantagens de investimentos atrelados à inflação

Os investimentos atrelados à inflação podem ter diferentes funções dentro do seu portfólio.

A seguir, confira suas principais vantagens.

Garantia do poder de compra

O principal objetivo dos investimentos atrelados à inflação, seja o IPCA, a inflação oficial, ou o IGP-M, conhecida como a inflação dos aluguéis, é preservar o poder de compra

A inflação representa o aumento generalizado dos preços de produtos e serviços. 

No contexto financeiro, tem um efeito semelhante ao dos juros compostos, só que ao contrário: quanto maior a inflação, menor o valor do dinheiro. 

Escolher investimentos atrelados à inflação, portanto, visa neutralizar esse “efeito empobrecedor”, evitando que seu patrimônio seja corroído com o passar do tempo.

Diversificação do portfólio

Em ocasiões de desajuste econômico, a inflação ganha os holofotes, mas é importante o investidor observar o cenário econômico geral e em diferentes janelas de tempo.

Os investimentos atrelados à inflação devem fazer parte de sua carteira, mas dentro de uma estratégia de alocação planejada

Não é porque o IPCA ou o IGPM estão em dois dígitos que a situação vai permanecer assim.

Em determinado momento o quadro econômico se ajusta e seu portfólio deve estar preparado para isso. 

No vídeo abaixo, você confere um super conteúdo com dicas para montar uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos e perfil.

Ganho real

Dependendo do tipo de investimento atrelado à inflação, você tem a garantia de um ganho real através de um componente prefixado

É o caso dos títulos do Tesouro Direto e de outros ativos híbridos sobre os quais veremos em detalhes a seguir.

6 investimentos atrelados à inflação

Vamos, então, aos principais tipos de investimentos atrelados à inflação para diversificar seu portfólio

Confira a seguir.

1. Títulos bancários IPCA+

No universo da renda fixa, você pode encontrar vários títulos bancários corrigidos pelo IPCA e com um ganho real, os chamados IPCA +. 

Os principais são:

  1. LCI: Letra de Crédito Imobiliário, título de renda fixa com lastro no mercado imobiliário isento de IR
  2. LCA: Letra de Crédito do Agronegócio, título de renda fixa com lastro no mercado agro isento de IR
  3. CDB: Certificado de Depósito Bancário.

Os títulos emitidos por instituições bancárias são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o mesmo “seguro” que garante as aplicações em poupança.

2. CRIs e CRAs

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) também costumam pagar a inflação mais um ganho real.

Ao investir nesses papéis, você compra a dívida de uma empresa ou de um empreendimento e assume, portanto, o risco de crédito dos devedores. 

Uma empresa do setor imobiliário, por exemplo, pode financiar a venda de um loteamento, empacotar essa dívida em um processo de securitização e vendê-la aos investidores na forma de CRI.

Procedimento semelhante ocorre no agronegócio com os CRAs. 

Os CRIs e CRAs também são isentos de Imposto de Renda, mas diferentemente das LCIs e LCAs, não contam com a cobertura do FGC. 

Ao selecionar os ativos para o seu portfólio, observe o rating das empresas emissoras e atente-se ao componente prefixado acima da inflação.

Rentabilidade muito alta pode ser um indicativo de risco proporcionalmente elevado.

3. Debêntures incentivadas

As debêntures incentivadas são títulos emitidos por empresas, geralmente atrelados à inflação, sobre os quais não há incidência de Imposto de Renda.

Ao comprar uma debênture incentivada, você empresta seu dinheiro para uma empresa com uma finalidade específica: investimento em infraestrutura

As debêntures também não têm cobertura do FGC e o investidor fica exposto ao risco de crédito da empresa emissora do título.

Consultoria de investimentos

4. Fundos de debêntures incentivadas

Caso você queira fazer investimentos atrelados à inflação, mas não se sente confortável em escolher os ativos por conta própria, os fundos de debêntures incentivadas podem ser uma alternativa. 

Por meio de um fundo, você acessa um portfólio diversificado e reduz os riscos de eventos de crédito. 

Afinal, o gestor profissional tem conhecimento e ferramentas para avaliar e selecionar as melhores debêntures para a carteira do fundo, considerando o risco-retorno mais adequado.

5. Tesouro IPCA +

Os títulos do Tesouro Direto que pagam IPCA mais uma taxa prefixada é um dos investimentos atrelados à inflação mais conhecidos do mercado. 

Garantidos pelo Tesouro Nacional, são considerados ativos livres de risco (de crédito), sendo referência para diversos outros ativos indexados. 

A lógica da comparação é simples: para compensar investir em um título bancário ou um título de crédito privado, o retorno real precisa ser superior ao do Tesouro IPCA +.

Afinal, para correr mais riscos, o investidor precisa ser remunerado por isso.

No caso do Tesouro Direto, ainda dá para o investidor turbinar os ganhos com a marcação a mercado, caso ocorra uma inversão na taxa de juros. 

Mas esse é assunto para outro artigo.

6. Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários também podem ser uma opção para quem busca investimentos atrelados à inflação, mas a conta não é tão precisa quanto nos ativos de renda fixa. 

Os FIIs são ativos de renda variável, negociados em bolsa de valores como se fossem ações, divididos em duas grandes categorias: 

  1. Fundos de tijolos: investem em imóveis físicos
  2. Fundos de papel: investem em ativos atrelados ao mercado imobiliário, como CRI e LCI.

Se você considera investir em FIIs como estratégia de proteção contra a inflação, precisa considerar mais dois aspectos fundamentais dessa classe de ativos

  • A distribuição de rendimentos, geralmente mensal
  • O valor das cotas na bolsa, ou seja, o seu patrimônio.   

Considerando apenas os rendimentos, a correção pela inflação ocorre, mas de maneira indireta. 

No caso dos fundos de tijolos, por exemplo, os aluguéis são reajustados por índices de inflação, como o IGP-M e o IPCA. 

Logo, sempre que houver reajuste, há uma expectativa de que a distribuição de rendimentos seja impactada positivamente.

Fenômeno parecido ocorre com os fundos de papel que investem em CRIs e LCIs indexados: se a inflação sobe, os rendimentos tendem a aumentar

Mas há outros elementos que podem impactar os rendimentos de um fundo imobiliário, como vacância, custo com manutenção, ciclo imobiliário, etc. Por isso a conta não é exata.

Quanto ao valor das cotas no mercado, a dinâmica é outra. 

O preço de um fundo imobiliário pode sofrer variações para cima e para baixo por diversos motivos, inclusive por influência dos juros e da inflação.

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Invista com consultoria para superar a inflação

Como vimos, adicionar ao portfólio investimentos atrelados à inflação é fundamental para proteger e multiplicar o seu patrimônio no longo prazo

Com assessoria especializada e alinhada a seu perfil e objetivos, você conseguirá estruturar uma carteira que supere a inflação e seja resiliente frente aos diferentes ciclos econômicos.

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Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.

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Gustavo Heldt

Consultor associado da TRAAD Wiser Investor. Especialista em Investimentos e Finanças.

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