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Onde investir 500 mil reais em 2024? Veja as melhores opções (+ Vídeo)

Gustavo Heldt

Quer saber como e onde investir 500 mil reais para proteger e multiplicar seu patrimônio e alcançar seus objetivos?

Vou falar logo de cara: não existe uma fórmula mágica ou recomendação que sirva para todos os investidores. 

Na verdade, você terá que conhecer seu perfil, entender a dinâmica do mercado e se planejar para aplicar esse dinheiro de forma inteligente, equilibrando fatores como rentabilidade, liquidez e risco.

Mas calma: este texto vai realmente ajudar os seus próximos passos.

Lá no fim, tem inclusive uma carteira de 500 mil reais para você se inspirar e continuar sua jornada de investimentos.

Para facilitar sua vida, vou manter um tom bastante informal e usar o mínimo de termos do economês para melhorar sua experiência de leitura e oferecer pelo menos 2 ou 3 insights que vão mudar completamente a forma como você encara a missão à sua frente.

Preparado?

Ah, para facilitar, gravei este vídeo recentemente. Acho que tem alguns insights bem bacanas:

E se preferir ficar no texto mesmo, no próximo tópico, já tem um resumo de onde e como investir 500 mil reais 🙂

Onde investir 500 mil reais em 2024?

Veja a seguir as etapas que você deve seguir para alcançar o melhor resultado no seu investimento:

  1. Faça um diagnóstico financeiro (dívidas, receitas, despesas e projeções)
  2. Organize a casa (antes de investir, apare todas as arestas)
  3. Crie sua reserva de emergência (Fundo Tesouro Selic é uma opção)
  4. Converse com um consultor (e trace o plano de investimentos)
  5. Explore a renda fixa no cenário de Selic subindo (pós-fixados)
  6. Encare a renda variável para o longo prazo (geração de riqueza da sociedade)
  7. Descubra os fundos de investimento (com as melhores mentes do mercado)
  8. Revisite o plano e os resultados mensalmente (para aprimorar).

Esse é apenas um resumo de como e onde investir 500 mil reais, ok?

Você vai ver que cada etapa está cheia de nuances e, ao longo deste texto, tento esmiuçar todos os detalhes para facilitar sua vida e conduzir você para mais perto dos seus objetivos.

Não desista agora 😉

Consultoria de investimentos

Carteira para investir 500 mil reais

Decidir como e onde investir 500 mil reais é um passo importante para fazer seu dinheiro render no mercado financeiro e alcançar seus objetivos.

Independentemente da quantia disponível para as aplicações, a estratégia varia muito de acordo com seu perfil de investidor, metas, horizonte de investimento, tolerância ao risco e vários outros critérios.

Logo, não há um plano de investimentos único para quem tem 500 mil reais, mas várias possibilidades para montar uma carteira individualizada.

De modo geral, é um bom valor para diversificar os investimentos, que já permite uma grande variedade de ativos e pode trazer rendimentos consideráveis em médio e longo prazo

O que precisa ficar claro aqui é que não há um único ativo para investir nem uma resposta simples. Se você tem 500 mil reais para investir, precisa entender: você deve montar uma carteira de investimentos que faça sentido para o seu perfil.

Vamos lá?

4 etapas para investir 500 mil reais

Antes de investir 500 mil reais, você precisa se planejar e entender o que busca com essa aplicação. 

Veja quais fatores levar em conta.

1. Identifique seu perfil de investidor

O seu perfil de investidor determina o seu nível de tolerância ao risco, expectativa de ganhos e comportamento em relação aos investimentos.

Basicamente, existem três perfis possíveis:

  • Conservador: prioriza a preservação do seu capital e prefere não correr riscos, optando por ativos mais seguros e estáveis como títulos de renda fixa. Seu foco é ter ganhos mais modestos em longo prazo para construir e proteger seu patrimônio 
  • Moderado: procura combinar ativos de baixo risco com ativos mais arrojado, buscando a melhor relação risco-retorno. Uma estratégia comum do investidor moderado é alocar a menor parte dos recursos na renda variável em busca de ganhos em médio e longo prazo e a maior parte na renda fixa 
  • Arrojado: é o investidor mais agressivo, que encara a volatilidade do mercado em busca de ganhos maiores e abre mão da liquidez. No entanto, ele também preserva uma parte do capital na renda fixa.

> Leia também: Como investir 300 mil reais para ter o melhor retorno

2. Tenha uma reserva de emergência

É fundamental ter uma reserva de emergência antes de começar a investir.

Esse dinheiro deve ser suficiente para cobrir entre 6 e 12 meses dos seus gastos fixos em caso de imprevistos como demissão, urgência na família ou uma cirurgia de última hora, por exemplo.

No portfólio, o fundo emergencial deve ser investido em aplicações de baixo risco e liquidez diária, como CDBs e títulos do Tesouro Direto.

3. Trace objetivos

Para investir 500 mil reais, é preciso saber aonde você quer chegar e quais são suas prioridades.

Por exemplo, se você pretende comprar um imóvel daqui a 3 anos e construir uma reserva para a aposentadoria, terá que escolher aplicações com retorno em médio prazo para adquirir a propriedade e investimentos de longo prazo para garantir uma renda na terceira idade.

Da mesma forma, você pode traçar metas de valores, como transformar seus R$ 500 mil em R$ 1 milhão em um prazo específico. 

4. Estude o mercado financeiro

Estudar o mercado financeiro é essencial para tomar melhores decisões e alocar seus recursos com inteligência.

Se possível, faça cursos (a Anbima oferece cursos online gratuitos), leia livros e acompanha análises de profissionais para entender a dinâmica dos diferentes ativos e saber onde aplicar seu dinheiro. 

Onde investir 500 mil reais na prática: 3 caminhos

Você tem várias opções para investir 500 mil reais, dependendo dos critérios anteriores.

Confira algumas categorias de investimentos.

1. Investimentos de renda fixa

Os investimentos de renda fixa oferecem baixo risco e rentabilidades prefixadas e pós-fixadas, além de várias opções de liquidez.

Você pode começar aplicando sua reserva de emergência em um CDB de liquidez diária ou no Tesouro Selic, por exemplo. 

Depois, pode diversificar com Letras de Crédito Imobiliárias e do Agronegócio (LCI/LCA), fundos de renda fixa e, no futuro, conhecer opções como Certificados de Recebíveis (CRI/CRA) e debêntures

Mas lembre-se: para ter bom retorno na renda fixa em tempos de juros baixos, é preciso alongar o horizonte temporal do investimento e investir com sabedoria, explorando as melhores oportunidades em crédito público, bancário e privado.

2. Investimentos de renda variável

Para ter ganhos maiores e multiplicar seus 500 mil reais, é interessante alocar uma parte do capital na renda variável.

Nessa categoria, os ativos não têm a rentabilidade conhecida no momento da aplicação e estão sujeitos à volatilidade, mas também oferecem maior potencial de retorno.

É o caso das ões, por exemplo, que são a menor parte do capital social das empresas de capital aberto. 

Elas são molas propulsoras da geração de riqueza, porque estão diretamente ligadas aos fatores produtivos da sociedade.

Mas, como o risco é maior, é importante ter conhecimento para investir na renda variável e adotar estratégias de longo prazo para compensar as perdas e as flutuações de curto prazo.

Assim, estude, leia, conte com a ajuda de profissionais e pense sempre no longo prazo. 

3. Fundos de investimentos

Os fundos de investimento podem ter sua carteira focada em renda fixa, renda variável ou em várias classes de ativos (multimercado).

A vantagem é que você não precisa investir nos ativos diretamente — basta comprar cotas e deixar que o gestor profissional cuide dos investimentos.

Além disso, há uma grande variedade de fundos com níveis de risco, estratégias e composições de ativos que atendem a todos os perfis.

Aqui no site, nós falamos bastante sobre fundos de investimento. Quer saber mais sobre eles? Então confira: fundos de renda fixa, fundos multimercado e fundos de ações.

Consultoria de investimentos

Carteira de 500 mil reais em 2024: onde investir

Montar uma carteira de 500 mil reais não é tão fácil, como vimos nos tópicos anteriores, certo?

De qualquer forma, acho importante dar uma noção mais profunda de como um portfólio completo pode ser — e todos os benefícios que uma carteira traz em termos de retorno, eficiência e volatilidade.

Por isso, vou dar aqui um exemplo hipotético de carteira de 500 mil reais.

Ele não deve ser levado à risca e não deve ser reproduzido sem o acompanhamento de ajuda especializada ou, pelo menos, sem muita, muita leitura, para garantir que você saiba o que está fazendo 🙂

Para esse exercício, vamos dividir a carteira de 500 mil reais em 8 camadas:

1. Reserva de emergência

A reserva de emergência deve ter baixíssimo risco e volatilidade.

Ela deve contemplar de 6 a 12 meses do seu custo de vida, dependendo das suas condições.

Duas alternativas são fundos Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária de bancos de qualidade.

2. Reserva de oportunidade

Essa é uma camada do portfólio que pode trazer fundos com alguma volatilidade e que não precisarão ser resgatados em curtíssimo prazo.

Trata-se de uma opção para obter retorno melhor do que 110% do CDI e que deve ser um extra, um passo além da reserva de emergência.

É o investimento ao qual você pode recorrer para pesar mais a mão em renda variável em determinado momento de oportunidade, por exemplo.

Aqui podem se encaixar alguns fundos de renda fixa e alguns fundos multimercado de hedge. Há opções que até se beneficiam da volatilidade e podem se valorizar em momentos de queda da bolsa.

3. Renda fixa

Estamos no Brasil, o país do futuro. Sempre do futuro.

Enquanto o futuro não chega, onde investir 500 mil reais?

Um pouco, certamente, em renda fixa.

Ainda temos juros extremamente atraentes na comparação com os países desenvolvidos.

Nessa camada de renda fixa, podem entrar títulos pós-fixados (atrelados ao CDI), prefixados (com taxa predeterminada) e híbridos (vinculados ao IPCA), dependendo do momento do mercado e do cenário dos juros.

Também entram aqui os fundos de renda fixa de crédito privado, os fundos de debêntures incentivadas com isenção de Imposto de Renda, entre outras opções.

O percentual em renda fixa vai depender muito do investidor — pode ser de 20% (R$ 100 mil em uma carteira de 500 mil reais) a 100% do portfólio.

4. Fundos macro

Os fundos macro cumprem um importante papel.

Os bons veículos desse tipo navegam em qualquer cenário e buscam superar o CDI ou o benchmark de referência em qualquer ciclo econômico.

Trata-se de uma camada do portfólio que pode até ficar negativa em certos momentos e que deve ser considerada para prazos de, pelo menos, 3 anos, para garantir os melhores resultados.

Isso não significa que você não vai ter um bom retorno antes, mas que, no curtíssimo prazo (exemplo: um ano), os fundos desse tipo podem ficar negativos.

Há muitos fundos desse tipo no mercado, mas são poucos que fazem realmente sentido para a carteira do investidor.

Não vou indicar aqui todos aqueles que eu mais gosto, porque cada escolha só faz sentido em uma determinada composição de carteira.

De modo geral, é importante analisar a equipe de gestão, o histórico do fundo e dos gestores, quais são os resultados em momentos de grande estresse no mercado (uma dica fácil é pegar a lâmina e verificar o resultado ao longo de meses anteriores e todo o ano passado).

Alguns nomes de assets que podem servir de referência (mas que não devem ser tomadas ao pé da letra na sua composição de carteira) são Vista, Vinland, Gávea, Absolute e SPX.

Em relação à fatia do portfólio dos fundos macro, vai depender também do perfil do investidor. São fundos com volatilidade menor do que os fundos de ações, por exemplo, entre 5% e 10% ao ano.

Então, quanto investir dos 500 mil reais em fundos macro? Dá para imaginar 10% (R$ 50 mil) a 25% (R$ 125.000).

5. Fundos de ações

Se você me pergunta onde investir 500 mil reais, pode ter certeza de que um dos componentes da carteira imediata que me vem à mente são os fundos de ações.

Mas falo isso sem conhecer o seu perfil, e você não deve tomar nenhuma decisão baseada unicamente neste texto aqui, ok? Por favor 🙂

É importante salientar que aqui dentro dos fundos de ações vou considerar os fundos long biased (viés comprado, teoricamente com volatilidade menos do que os long only) e os long only (os fundos de ações mais clássicos, que contam com menor proteção, digamos).

Acho essencial contar com fundos de ações em qualquer portfólio, mas entendo que há investidores sem perfil para essa volatilidade.

De qualquer forma, os fundos de ações investem diretamente na criação de riqueza de uma sociedade e, no longo prazo (superior a cinco anos), o retorno de bons fundos desse tipo é fantástico.

Trata-se de uma maneira muito mais fácil e prática de investir em ações e boas empresas, sem precisar se preocupar constantemente em verificar balanços, resultados e mudanças de mercado.

Deixa que o gestor cuida de tudo isso, e há excelentes gestores no Brasil.

Em termos de percentual do portfólio, dá para imaginar entre 0 (para um perfil extremamente conservador) e 40% (para um perfil extremamente arrojado).

Recomendo provavelmente um meio termo. Acho que muitos investidores ainda não entenderam que é possível diversificar para obter melhores resultados no longo prazo.

6. Fundos descorrelacionados

Essa não é uma divisão clássica em uma carteira, mas coloco aqui os fundos que não vão acompanhar necessariamente um índice. Normalmente, são tratados como multimercado.

Aqui entra o quê, então? Fundos long&short (de diferentes tipos), fundos sistemáticos (não direcionais a um mercado específico), fundos de arbitragem, fundos de commodities, fundos de criptomoedas, entre outros.

A ideia aqui é melhorar a eficiência da carteira. O percentual do portfólio pode variar de 0 a 10%, dependendo muito do tipo de fundo escolhido, dos objetivos e do perfil do investidor.

7. Investimentos internacionais

Todo mundo precisa investir lá fora. Ficar refém do Brasil não é recomendado nem inteligente. Aqui entra, de preferência, exposição cambial e diversificação geográfica.

Há algumas restrições em fundos para investidores não qualificados, mas esta camada serve para investir em fundos multimercado, ações e moedas de outros países, incluindo Estados Unidos, Europa e países emergentes.

Existem cada vez mais alternativas para isso, e grandes fundos dos melhores gestores do planeta já estão disponíveis para os investidores brasileiros.

Nessa camada, dá para imaginar 0 a 30% (R$ 150 mil em uma carteira de 500 mil reais) do portfólio do investidor.

Esse tipo de investimento serve para reduzir a volatilidade do portfólio (o dólar, por exemplo, tem uma correlação negativa com o Ibovespa) e para melhorar o retorno geral da carteira (as melhores e maiores empresas do planeta não estão no Brasil).

8. Proteções

A camada de proteções dialoga diretamente com a de investimentos internacionais.

A proteção clássica para o brasileiro é o dólar. Pode observar: quando a política brasileira estremece, quando os pilares fiscais são questionados, quando o Ibovespa despenca, quem está lá subindo? O dólar.

A correlação negativa não é perfeita, mas ela existe e deve ser observada.

Uma outra proteção muito propalada é o ouro, mas eu gostaria de salientar que o ouro pode ser um detrator importante de performance em diversos momentos da história.

Muita gente considera o ouro um porto seguro e investe em fundo de ouro dolarizado. A verdade é que a parte mais segura dessa estratégia é o dólar…

Aqui nessa camada, você pode manter de 3% a 10% do portfólio (R$ 50 mil em uma carteira de 500 mil reais), e é preciso conjugá-lo adequadamente com os investimentos no exterior, que já podem trazer a exposição cambial.

Nessa camada, também faz sentido deixar que os fundos multimercado macro cumpram esse papel e busquem as proteções necessárias de acordo com o cenário.

Bom, essa é uma ideia geral do que fazer e de onde investir 500 mil reais.

> Leia também: Como investir meu dinheiro de forma segura e rentável?

Consultoria para investir melhor

Acho que me estendi demais, mas espero ter ajudado. Se ficou um nó aí na sua cabeça, é um bom sinal: quanto mais você estudar, mais vai aprender que precisa estudar mais 😉

De qualquer forma, me coloco à disposição para ajudar como consultor de investimentos na sua busca de organizar o portfólio e descobrir os melhores produtos financeiros para o seu perfil.

Para você entender como eu cheguei aqui, vou resumir: sou formado em jornalismo e atuei por muito tempo como gestor de projetos de conteúdo de finanças e investimentos.

Nesse período, me apaixonei pela área, estudei um monte, ajudei a treinar muitos redatores e a fazer educação financeira de diversas formas diferentes.

Depois fiz pós-graduações em finanças, Investimentos e Private Banking para me aperfeiçoar e hoje sou consultor associado da TRAAD Wiser Investor.

Consultoria de investimentos para aproximar você de seus objetivos. Comece agora!

É algo que faço com muito prazer, e vou ficar muito feliz se puder ajudar você a alcançar seus objetivos financeiros.

Quer conhecer mais sobre o meu trabalho e descobrir como a consultoria de investimentos pode ajudar na construção e preservação do seu patrimônio?

Mande uma mensagem pelo WhatsApp e vamos conversar!

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Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.

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Gustavo Heldt

Consultor associado da TRAAD Wiser Investor. Especialista em Investimentos e Finanças.

Me segue lá no Instagram 🙂

3 Thoughts

  1. Realmente uma reserva de emergência é muito importante achei bacana você entrar nesse tópico, parabéns pelo conteúdo aí quero também esta compartilhando um blog que eu descobrir recentemente achei bem interessante a forma como ele aborda é o investidorousado.com.br pode ser até interessante você está colocando no artigo para está ajudando os seus leitores por aí que querem está começando nesse mundo

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