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INVESTIMENTO EM FUNDOS (400 x 200 px)

Como funciona um fundo de renda fixa: ativos, tributação e rentabilidade

Entender como funciona um fundo de renda fixa é o primeiro passo para investir com segurança e diversificar a carteira.

Se você está começando a investir agora, a modalidade é um bom caminho para composição de portfólio.

Para isso, você precisa conhecer diferentes aspectos do fundo: ativos, vantagens, tributação e rentabilidade.

Assim, pode avaliar se o investimento é adequado para o seu perfil e objetivo financeiro.

Curioso para tirar suas dúvidas? Então siga com a leitura e descubra como funciona o fundo de renda fixa.

Consultoria de investimentos

Como funciona um fundo de renda fixa

O fundo de renda fixa funciona de maneira bastante simples: ele investe em títulos de diferentes tipos e a rentabilidade desses investimentos é refletida no desempenho das cotas dos seus investidores.

Em outras palavras, trata-se de um veículo que investe em uma carteira de ativos bancários, corporativos e públicos.

O investidor faz um aporte, se torna um cotista e participa dos resultados do fundo, que são oriundos das taxas contratadas nos títulos de dívida investidos. 

Nos fundos de renda fixa, pelo menos 80% da carteira é composta por ativos de renda fixa.

Portanto, as aplicações são feitas em títulos públicos e privados, como títulos públicos, LFs, CDBs, debêntures, CRIs e CRAs.

Os outros 20% são aplicados em diferentes instrumentos, que podem incluir hedges para reduzir a volatilidade.

A principal vantagem é que a alocação dos recursos é feita por um gestor especializado, que acompanha diariamente os índices de mercado e monta uma estratégia de acordo com o perfil o objetivos do investidor.

6 vantagens do fundo de renda fixa

Confira abaixo os principais benefícios de investir em um fundo de renda fixa:

1. Segurança

Um fundo de renda fixa geralmente investe em ativos de baixo risco, como títulos do governo ou empréstimos de empresas sólidas, o que pode proporcionar um retorno consistente e previsível para os investidores.

Com apoio de um gestor especializado, fica mais fácil escolher taxas atraentes e créditos de bons emissores.

Além disso, na composição do fundo, os riscos de emissores de rating menor são diluídos.

2. Diversificação

Ao investir em um fundo de renda fixa, os investidores podem diversificar sua carteira, o que reduz o risco de perda do capital investido.

Na prática, a comparação é simples.

Se você investe em apenas um ativo de renda fixa de crédito corporativo, por exemplo, tem o risco de um único emissor de dívida.

Se ele não paga, você fica no prejuízo.

Já um fundo de renda fixa seleciona criteriosamente títulos de diferentes empresas e riscos e consegue combinar as melhores assimetrias de risco e retorno para os seus clientes.

Nesse caso, se um emissor deixa de pagar, dependendo do tamanho do título na composição do fundo, o cotista pode nem “sentir” a perda.

No vídeo abaixo, você confere um super conteúdo com dicas para montar uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos e perfil.

3. Rentabilidade

Embora a rentabilidade de um fundo de renda fixa seja geralmente menor do que a de um fundo de renda variável, ela ainda pode ser competitiva em comparação com outras opções de investimento, especialmente no Brasil.

Com as taxas de juros nas alturas, fundos de renda fixa estão rendendo mais do que 1% ao mês com baixa volatilidade.

Importante: ausência de volatilidade não é ausência de risco.

4. Flexibilidade

Os investidores podem escolher entre diferentes tipos de fundos de renda fixa, como fundos de Tesouro Selic, fundos de crédito corporativo pós-fixado, fundos de debêntures incentivadas, etc.

No primeiro caso, o fundo investe apenas em títulos públicos Tesouro Selic e serve como reserva de emergência.

No segundo, o fundo de renda fixa escolhe títulos atraentes de empresas com taxas atreladas ao CDI.

No último caso, o fundo de renda fixa tem na carteira debêntures incentivadas (isentas de IR) de empresas, normalmente para projetos de infraestrutura.

5. Acessibilidade

A maioria dos fundos de renda fixa está disponível para investidores de varejo, o que significa que é possível investir em pequenas quantidades, tornando esse tipo de investimento acessível para pessoas com diferentes perfis de investimento e níveis de renda.

Isso também é uma vantagem na hora do aporte, que é facilitado. Um único aporte significa o investimento em diversos títulos de renda fixa.

Facilita bastante a composição da carteira e a manutenção do asset allocation adequado.

6. Liquidez

Há fundos de renda fixa com liquidez para todos os gostos, de D+0 a D+360.

Ou seja, dá para compor um portfólio que tenha opções de resgate para diferentes objetivos.

Isso não significa que você possa resgatar de uma hora para outra sem ver volatilidade nas cotas.

Em crises como a do Covid, em março e abril de 2020, os fundos de renda fixa de quase todos os tipos tiveram perdas relevantes nesses meses e demoraram para se recuperar do tombo.

Por isso, muito cuidado com a sua reserva de emergência e com a sua necessidade de liquidez.

Consultoria de investimentos

Cuidados com o fundo de renda fixa

Fique de olho nestes detalhes para investir com consciência:

  • Liquidez: fundos de crédito corporativo com alta liquidez sofrem mais em momentos de estresse no mercado. Use-os com cuidado para não precisar do dinheiro em momentos de caos, como foi na crise do Covid em 2020
  • Gestão: peça auxílio do seu assessor ou consultor CVM para escolher os melhores fundos e gestores de renda fixa
  • Estratégia: fundos de renda fixa fazem coisas diferentes entre si, e se você não souber diferenciar um do outro, pode ter surpresas desagradáveis
  • Risco: ausência de volatilidade não significa ausência de risco, embora seja um charme desse tipo de fundo. O risco de crédito não costuma transparecer no gráfico, até que aparece subitamente
  • Volatilidade: alguns fundos de renda fixa fazem operações buscando acertar os movimentos dos juros e da inflação, e nesse caso contam com volatilidade superior aos pós-fixados de crédito corporativo. Além disso, os fundos de debêntures incentivadas também contam com maior volatilidade, já que os títulos são atrelados ao IPCA e carregam uma taxa pré que sofre marcação a mercado.

> Leia também: Quanto rende um fundo de renda fixa?

Como funciona a tributação do fundo de renda fixa

Além da taxa de administração que o investidor paga à instituição financeira, há incidência de impostos sobre a aplicação. Confira a seguir como funciona o fundo de renda fixa nesse aspecto:

IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras incide sobre os fundos de renda fixa quando os resgates são feitos em menos de 30 dias.

A alíquota do IOF é regressiva, mas começa com taxas altíssimas: 96% para resgates em 1 dia.

É, portanto, um fator que compromete a rentabilidade. 

Assim, ao investir nos fundos, é importante ter certeza de que você não vai fazer resgates no primeiro mês de aplicação.

Imposto de Renda

Em relação ao Imposto de Renda, os fundos de renda fixa são classificados em duas categorias: fundos de curto prazo e de longo prazo.

Em ambos os casos, a cobrança segue a alíquota regressiva do IR. Ou seja: as taxas diminuem conforme o tempo.

Nos fundos de curto prazo, as alíquotas para os prazos de aplicação são as seguintes:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • Acima de 180 dias: 20%.

Já nos fundos de renda fixa de longo prazo funciona assim:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%.

Come-cotas 

O come-cotas é a antecipação do recolhimento de Imposto de Renda.

O recolhimento é feito pelo administrador do fundo, sempre no último dia útil de maio e novembro.

A alíquota varia: 20% para fundos de curto prazo e 15% para fundos de longo prazo.

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Como funciona a rentabilidade do fundo de renda fixa

Agora que você sabe como funciona o fundo de renda fixa, é hora de ir a fundo na rentabilidade desse tipo de aplicação. 

De forma geral, a renda fixa apresenta rentabilidade menor em relação à renda variável.

Mas, no Brasil, historicamente, a renda fixa tem muito apelo, já que os juros estão quase sempre nas alturas.

Para entender, vale a pena retroceder um pouco: o fundo de renda fixa investe em títulos de dívida, e esses títulos remuneram o investidor em taxas determinadas antes da contratação, como CDI+3% ao ano, por exemplo, ou IPCA+6% ao ano.

É a composição desses retornos que vai determinar a rentabilidade do fundo.

Quando a Selic está em 13,75% ao ano, vemos fundos de renda fixa com retorno superior a 15% ao ano, por exemplo, e superando aquele 1% ao mês.

Nesse patamar, os fundos de renda fixa chamam a atenção dos investidores, que desviam o olhar da renda variável.

E aí, compreendeu como funciona o fundo de renda fixa? Que tal começar a investir para fazer o seu dinheiro render?

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Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.

Gustavo Heldt

Gustavo Heldt

Consultor associado da TRAAD Wiser Investor. Especialista em Investimentos e Finanças.

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