Quer comparar fundos de previdência privada e não sabe por onde começar?
O primeiro passo você está dando agora ao buscar conhecimento sobre o tema.
Já é um avanço, pode acreditar.
Muita gente não tem a menor ideia do desempenho do seu VGBL ou PGBL nos últimos 12, 24 ou 36 meses.
E, ao deixar de comparar seus fundos de previdência privada com alternativas mais rentáveis, perdem muito dinheiro.
Por isso, siga a leitura e tome decisões consciente nos seus investimentos de longo prazo.
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Por que comparar os fundos de previdência privada?
Você deve comparar fundos de previdência, caso tenha interesse nessa classe de ativos, como parte de um processo de análise de investimento.
Afinal, com tantas ferramentas que permitem a comparação entre diferentes fundos e os principais índices de mercado, não há razões para escolhas aleatórias e sem embasamento.
Os planos de previdência privada podem ser ótimas opções de investimento para o longo prazo devido a algumas vantagens específicas do produto, como:
- Eficiência tributária: é possível escolher duas tabelas de tributação (regressiva ou progressiva)
- Dedução fiscal: aportes feitos aos planos do tipo PGBL podem ser deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta tributável
- Sem come-cotas: fundos de previdência não sofrem com o come-cotas, a antecipação semestral de Imposto de Renda
- Planejamento sucessório: nos casos de morte do titular, os planos previdenciários não entram em inventário.
Apesar das vantagens do ponto de vista de estruturação do produto, você precisa comparar os fundos de previdência para selecionar os melhores, afinal, nem todo fundo é igual.
Com o aumento da concorrência e o surgimento de instituições preocupadas com a satisfação do cliente, você certamente encontrará produtos que oferecem boa rentabilidade e sem custos abusivos.
> Leia também: Previdência privada vale a pena? Conheça as vantagens.
Como comparar os fundos de previdência privada
Você pode comparar os fundos de previdência privada com base em diferentes critérios, tanto quantitativos quanto qualitativos.
Do ponto de vista quantitativo, a análise comparativa pode ser dividida em duas vertentes:
- Comparar o fundo de previdência com os principais índices de mercado, como CDI, Ibovespa, IPCA ou IMA-B
- Comparar o fundo de previdência com seus pares, ou seja, outros fundos previdenciários com política de investimento parecida.
Vamos, então, aos principais elementos a serem considerados.
1. Rentabilidade
Ao comparar fundos de previdência, a rentabilidade é o primeiro item que vem à cabeça, afinal, quanto mais o dinheiro render, melhor.
Entretanto, é importante você ficar atento para não comparar “laranja com banana”.
Um fundo de previdência que investe em ações, por exemplo, pode render mais do que um fundo que investe somente em títulos públicos em determinada janela de tempo, mas os riscos são diferentes.
No mercado financeiro, a relação risco-retorno precisa estar sempre equilibrada, de forma que o retorno ajustado ao risco faça sentido.
2. Taxa de administração
A taxa de administração é a remuneração que o gestor recebe pelo trabalho de investir o seu dinheiro e pode variar conforme o nível de complexidade de cada fundo.
Os fundos de renda fixa em geral cobram taxas mais baixas. Os fundos de ações e multimercados geralmente cobram taxas mais altas.
De toda forma, você precisa ter em mente o seguinte:
- A rentabilidade divulgada pelos fundos é líquida de taxa de administração, ou seja, a remuneração do gestor já foi descontada
- Taxa muito abaixo da média de mercado pode não ser um bom indicativo, afinal, um bom trabalho de gestão tem o seu valor.
Importante destacar que a taxa de administração é cobrada sobre o patrimônio líquido do fundo, independente de o resultado ser positivo ou negativo.
3. Taxa de performance
Ao comparar os fundos previdenciários, você verá que nem todos cobram taxa de performance.
Trata-se de uma remuneração adicional que pode ocorrer caso o fundo entregue um resultado superior ao esperado, considerando o índice de referência (benchmark).
Imagine que um fundo de previdência tenha como objetivo superar o IPCA em 5%.
Caso o gestor consiga entregar uma rentabilidade superior a isso, pode cobrar uma taxa de performance sobre o que exceder o IPCA + 5.
Muitos investidores torcem o nariz para a taxa de performance por considerá-la um custo extra.
Outros gostam da estratégia, partindo do pressuposto de que o gestor se esforçará para entregar resultados acima das expectativas.
De toda forma, observe no regulamento se a taxa de performance condiz com as melhores práticas de mercado.
Uma meta fácil demais de ser batida pode ser vantajosa apenas para o gestor e não para o investidor.
4. Taxa de carregamento
A taxa de carregamento também é uma cobrança opcional dos fundos de previdência privada que incide apenas quando há movimentações financeiras.
Trata-se de um percentual que pode ser cobrado sobre os aportes, resgates ou portabilidade, desde que expressa no regulamento.
Com o aumento da concorrência, muitas gestoras não cobram mais essa taxa, portanto, ao comparar fundos de previdência, você pode escolher produtos isentos de carregamento.
5. Tipo de estratégia
Os fundos de previdência podem investir em diferentes tipos de ativos e seguir diferentes estratégias.
Conforme a Anbima, as principais classificações são:
- Fundos de renda fixa indexados (que usam algum índice de referência, como o CDI)
- Fundos soberanos (que investem apenas em títulos públicos)
- Fundos de renda fixa grau de investimento (pelo menos 80% do patrimônio é alocado em títulos públicos)
- Fundos de renda fixa crédito livre
- Fundos de ações
- Fundos balanceados (parte da carteira pode ser alocada em ativos de renda variável)
- Fundos multimercados (juros e moedas ou multimercados livre).
Além de comparar os fundos de previdência considerando o tipo de estratégia adotada e outros aspectos quantitativos, é importante que você pesquise também sobre o gestor.
No site oficial do instituição financeira, em portais especializados e nas redes sociais é possível encontrar artigos, entrevistas, podcasts e outras informações que ajudarão você a entender como o gestor pensa e age.
6. Comparador de fundos
Alguns portais oferecem gratuitamente comparadores de fundos que rastreiam a base de dados da CVM. Um exemplo é o MaisRetorno.com.
Em geral, você acessa a plataforma, digita o nome ou o CNPJ do fundo, marca qual índice quer considerar (CDI, Ibovespa, IPCA) e escolhe com quais outros fundos deseja comparar.
As ferramentas podem ser ligeiramente diferentes, mas é provável que você consiga analisar a rentabilidade, gráfico underwater (que mede o tamanho do prejuízo em cada queda), volatilidade e correlação.
As comparações podem ser feitas em diferentes janelas de tempo e com diversos fundos de previdência ao mesmo tempo.
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Compare e invista em fundos de previdência com confiança
Agora que você sabe como comparar fundos de previdência, não deixe de colocar em prática todas as dicas que viu neste texto.
Aliás, aqui vai a última delas: você não está sozinho nessa missão.
Com o suporte de um assessor ou consultoria de investimentos, você toma decisões mais seguras e com um maior nível de confiança.
Há diversos produtos de várias gestoras à disposição dos diferentes perfis de clientes, do conservador ao sofisticado.
Se precisar de ajuda para escolher o fundo de previdência mais adequado à sua realidade, conte comigo.
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Lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O desempenho dos fundos é líquido de taxas, mas não de impostos. O conteúdo deste blog tem o objetivo de educação financeira. Não tome decisões baseadas unicamente neste ou em qualquer texto. Faça a lição de casa, estude, questione, investigue e dê valor ao seu dinheiro.
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